Os gestores escolares da rede pública estadual enfrentam um crescente acúmulo de tarefas administrativas e burocráticas, assumindo responsabilidades e realizando atividades que estão além do escopo de suas funções, como a inserção de dados em sistemas e o preenchimento de planilhas quase que diariamente. São frequentemente convocados de maneira imprevista pela Secretaria de Educação para participar de reuniões administrativas, muitas vezes coincidindo com compromissos pedagógicos já agendados. Essas constantes solicitações da Secretaria de Educação, somadas à escassez de pessoal, restringem sua capacidade de se dedicar plenamente para as questões pedagógicas na instituição. Por exemplo, é recorrente ouvir que o Projeto Político Pedagógico - PPP, uma vez elaborado, é arquivado na escola e raramente é revisado ou consultado, o que significa que muitas vezes se trata apenas de uma formalidade.